Acho que finalmente encontrei uma palavra que definisse a minha semana - confusão. Isto porque depois de bem observar certos acontecimentos (mesmo que fictícios) e de reflectir bastante na minha interpretação sobre eles, cheguei à conclusão de que talvez eu não saiba nada de nada. Pensei bastante, até fazer doer, mas afirmo com toda a certeza que o meu conceito sobre qualquer coisa não é a pura verdade, nada o é. Mas isto que estou a dizer com tanta dificuldade, só dá a leve (mentira, é bem grave) impressão de uma de duas coisas: ou estou a ficar completamente louca ou finalmente abri a minha mente e aprendi que a mente é um lugar estranho e totalmente subjectivo. Pois bem, não é nenhuma dessas hipóteses, porque louca é um facto já adquirido e seria uma mentira de todo o tamanho se alguém dissesse que não o era ou que nunca o foi; já a questão da mente, sempre persisti em dizer que a minha mente era um lugar só meu, onde flutuam os meus piores devaneios e os meus sonhos mais impossíveis, mas que também era subjectivo e bom receptor de novas ideias e tradições, sem qualquer discriminação.
Mas não é isso que me traz aqui, porque já me sinto a divagar demais. O que não me sai da cabeça é que posso estar completamente errada sobre os conceitos que mais me rodeiam, acho que estou a mudar (não só fisicamente), mas tudo à minha volta transforma-se em algo completamente diferente. Será que sou capaz de fingir o que sinto pelas pessoas de que estou mais próxima? Será que transmito emoção falsamente a qualquer pessoa? Será que penso mesmo assim? Será que finjo cada aspecto que me difere dos outros e na realidade estou morta por dentro? Quem sou eu, mas na realidade? Boa pessoa, genuína, com personalidade, capaz de possuir uma relação verdadeira ou má pessoa, vilão, influenciável, sem alma e consciência?